BRASIL - JUSTIÇA
Da Redação
27/11/2019 22:07:00 · Atualizado 28/11/2019 09:51:00
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teve a condenação por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do sítio de Atibaia (SP) mantida pelo tribunal de 2ª Instância da Lava Jato. Por unanimidade, os desembargadores da 8ª Turma do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) decidiram aumentar a pena do ex-presidente, de 12 anos e 11 meses, para 17 anos, 1 mês e 10 dias. Lula foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF), que afirma que o ex-presidente recebeu propina de empreiteiras por meio de José Carlos Bumlai. Parte do dinheiro, de acordo com o MPF, foi usado na reforma e decoração de um sítio frequentado pelo ex-presidente, em Atibaia, no interior de São Paulo. Segundo a denúncia, os valores pagos pela Odebrecht chegam a R$ 128 milhões e outros R$ 27 milhões teriam sido pagos pela empreiteira OAS. Com a condenação mantida na 2ª instância, Lula não voltará a ser preso de imediato, com base na mesma decisão do STF que permitiu que ele fosse solto no caso do triplex. Uma eventual prisão deverá ocorrer só depois que não houver mais possibilidade de recurso. O advogado que representa Lula nos processos da Lava Jato, Cristiano Zanin Martins, disse após o julgamento que a defesa irá aguardar a publicação do acórdão para definir se vai recorrer ao próprio TRF-4 ou às instâncias superiores. O advogado disse que os desembargadores de Porto Alegre praticaram “retaliação” contra o STF e “perseguição política” a Lula.